Pensar o Mar e Floresta

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Todos temos algo a fazer.

                 As notáveis realizações da celebrada Revolução Industrial são agora seriamente questionadas, porque não se tomou então o Ambiente em consideração. Pensava-se que os céus eram tão vastos e tão azuis que nada lhes poderia vir atirar a cor; que os rios eram tão grandes e a água tão abundante que não podia haver actividade humana que lhes tirasse a pureza; que havia tantas árvores e tantas florestas, que nunca poderíamos acabar com elas -até porque elas voltam a crescer.
                Hoje, já temos obrigação de saber.
Vitoria Chipeto, Zimbabué, 1986

               Não temos mais escolha. Ou a humanidade adapta o seu comportamento para dar suporte ao desenvolvimento sustentável – o que significa parar de poluir o ambiente, permitindo a renovação dos recursos naturais e contribuindo para melhorar o bem-estar de todos – ou assina sua própria, mais ou menos iminente, sentença de morte
                 A educação desempenha um papel crucial no treino dos cidadãos.

Koïchiro Matsuura, Director-geral da  ONU para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO)

        cropped-logo_ecoescolasCidadania, Economia, para um futuro onde o desenvolvimento não esteja ameaçado. Mas para que os nossos netos tenham um futuro assim, muitas Mudanças tem que acontecer nestas diversas esferas.
Educar para o ambiente
e o desenvolvimento é indubitavelmente um factor decisivo na construção da Mudança; é a forma mais eficaz e duradoira de produzir as bases para a emergência de novas políticas, conducentes a formas de DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL formuladas sob novos paradigmas.
“Pensar globalmente, agir localmente”, a máxima da Agenda 21, passou a ser uma fórmula presente em praticamente todas as propostas de educação para o ambiente e o desenvolvimento. Pensar e agir localmente, para perceber globalmente, será então o princípio orientador só possível de ser construído através de uma real cidadania participativa.
          O Programa Eco-Escolas pretende ser um contributo metodológico para uma educação participada e esclarecida em escolas onde educar é criar cidadãos conscientes e activos pelo ambiente.
Margarida Gomes

Em prol de um Mundo mais Sustentável

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Todos queremos viver num mundo melhor, mais sustentável!

Para isso TODOS precisamos de compreender, que enquanto consumidores, devemos adoptar comportamentos de consumo mais sustentáveis, efectuar escolhas mais responsáveis, reduzir os consumos e usar os recursos de forma eficiente.

Os consumidores, principalmente os jovens, cada vez mais seduzidos pela pressão do marketing e publicidade, são ávidos de novas experiências, gostam de seguir as últimas tendências de consumo e de adquirir novos produtos (especialmente os tecnológicos), sem ter consciência do impacte colectivo e ambiental dos seus actos individuais de consumo.

Mas, também, é verdade que as novas gerações são sensíveis aos desafios ambientais emergentes como as alterações climáticas, manifestando preocupações relativamente à sobre-exploração dos recursos por uma sociedade que continua a privilegiar o conforto e bem-estar em detrimento do ambiente.

A educação ambiental é uma ferramenta imprescindível para capacitar os cidadãos com conhecimentos e competências adequadas ao exercício de uma cidadania mais responsável e activa na resolução dos problemas ambientais.

A educação do consumidor deve ser uma parte integrante da educação de crianças, jovens e adultos, sendo a mesma essencial para que as pessoas compreendam como os seus comportamentos e opções de consumo podem contribuir para um desenvolvimento mais sustentável.

Antes de comprar, opte por reutilizar

Poupar não significa apenas comprar mais barato, também passa por não comprar aquilo que não precisamos!

Existem imensos materiais em casa que podem ser reutilizados e dar origem a um novo utensílio ou mesmo a uma nova decoração. Com alguma criatividade podemos reduzir bastante (ou mesmo eliminar) as compras de produtos não alimentares/consumo.

A DECORAÇÃO RECICLADA

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A decoração deve ser a secção mais simples de utilizar materiais reciclados. Já há uns bons tempos que não compro qualquer peça decorativa para a casa, em vez disso, transformo, mudo de lugar, reutilizo.

  • Frascos – Excelentes objectos de decoração! Podem ser pintados, forrados a tecido ou mesmo deixar no formato original. Nunca deito um frasco fora. Pode-se utilizar para guardar alimentos na dispensa, colocar canetas numa secretária ou mesmo como uma mini jarra.
  • Tecidos – Não vão tecidos para o lixo cá em casa, a não ser que já estejam mesmo muito estragados. Uma camisa que já não serve pode servir para fazer um forro para um cesto, forrar um caderno, moldura ou qualquer outro objecto que precise de uma mudança.
  • Garrafas e garrafões – São utilizados para vasos, para guardar a água das regas ou mesmo para fazer sistemas de rega por evaporação. Para dar um aspeto mais bonito podem ser forrados a tecido, pintados ou podemos colocar apenas uns apliques.
  • Caixas de madeira de morangos – Aquelas caixas de madeira onde se costuma vender morangos são excelentes para guardar materiais. Forro com tecido e uso para guardar as minhas linhas ou outros tecidos. Bonitas e funcionais. Também são perfeitas para guardar brinquedos de crianças!

  • MUDAR MENTALIDADES – PENSE ANTES DE COMPRAR

    Ver ideias engraçadas para reutilizar não é suficiente para conseguir realmente poupar. Pode até aproveitar as ideias para replicar em sua casa, mas será que quando precisar de algo diferente do que viu vai lembrar-se de reutilizar?

    Sempre que precisar de comprar algo, evite o impulso da compra e pondere ou pesquise se haverá forma de poder reutilizar. Como exemplo, recentemente necessitei de uma pequena pá exclusiva para a varanda e pesquisei por pás recicladas e o resultado foi este!

     

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    Tinha embalagens semelhantes em casa e fiz a minha própria pá, sem gastar nada e reutilizando materiais.

    Para a decoração da casa use o mesmo sistema. Quando pretender mudar a decoração de uma divisão, reutilize decorações anteriores e altere o aspeto recorrendo a tecidos, cestos, caixas de morangos, (…)! Com alguma imaginação consegue-se criar uma decoração totalmente nova, gratuita e muitas vezes mais bonita do que se fosse feita por materiais de compra.

    Quem tem animais de estimação também pode poupar imenso! Quantas vezes não gastamos imenso dinheiro em camas para gatos e depois estes preferem uma simples caixa de cartão? De uma caixa de cartão com o exterior revestido a tecido ou de uma velha almofada também revestida com tecido pode criar uma bela cama para o seu cão ou gato! Eles adoram!

    Para conseguir realmente poupar tem que criar o hábito de primeiro tentar reciclar e apenas se depois não for realmente possível, aí sim, comprar.

    Recicle e poupe!

Água

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Há várias situações nas quais podemos poupar na conta da água.

No WC:

  • Mantenha a torneira fechada quando lava as mãos e os dentes ou quando se barbeia;
  • Opte pelo duche em vez do banho de imersão e, se possível, desligue a água no momento de se ensaboar e/ou de aplicar o champô;
  • Aplique redutores de fluxo nas torneiras ou nos chuveiros;
  • Instale autoclismos duplos ou com botão de controlo;
  • Coloque uma garrafa cheia de água no depósito do autoclismo;
  • Não deite lixo desnecessário na sanita, vai obrigar a mais descargas.

Na cozinha:

  • Na cozinha, não deixe a torneira a correr enquanto lava a loiça, opte por encher um dos lados do lava-loiça com água fresca para retirar o detergente;
  • Se tem máquina de lavar, não passe a loiça por água antes de a colocar na máquina;
  • Só ponha as máquinas de lavar loiça e roupa a funcionar quando estiverem cheias para evitar o desperdício;
  • Nas máquinas da roupa e loiça, escolha programas mais curtos e/ou económicos, para garantir algum nível de poupança;
  • Quando lavar alimentos, caso das frutas e legumes, aproveite essa água para regar as plantas lá de casa;
  • Utilize água fria sempre que possível, poupando assim na água quente;
  • Evite descongelar alimentos com a torneira da água a correr, optando antes para um descongelamento natural ou com recurso ao micro-ondas;

Na rega do jardim:

  • Não lave o carro com uma mangueira, mas sim com um balde e esponja;
  • Regue devagar, para permitir que a água se infiltre bem no solo, o que vai implicar menos regas;
  • Se tiver um sistema de rega, teste a sua eficácia em termos de tempo necessário para regar;
  • Nos meses mais quentes, regue o jardim de manhã quando estiver mais fresco, para que a água não evapore muito depressa.

Como Poupar Energia no Congelador

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Se não se lembra da última vez que descongelou o seu congelador é bem provável que esteja a desperdiçar cerca de 30% de energia eléctrica.

Basta uma acumulação de gelo superior a 6 milímetros para que o seu congelador consuma mais energia do que a necessária.

Isto porque essa camada de gelo vai funcionar como um isolamento térmico (como os iglus dos esquimós), dificultando a refrigeração e forçando o motor a consumir mais energia para manter a temperatura baixa.

Também, se tiver o congelador próximo de uma fonte de calor (perto de uma janela com sol, forno, esquentador, etc) irá aumentar o consumo de energia.

De uma forma resumida, poderá poupar na energia consumida pelo congelador, se:

  • O descongelar com alguma frequência.
  • Não colocar alimentos ainda quentes no seu interior.
  • O mantiver afastado de fontes de calor.
  • Limpar a grelha (atrás) e possibilitar a livre circulação de ar na mesma. Para isso mantenha o electrodoméstico afastado uns 5 centímetros da parede.
  • Não o encher demasiado. Estes equipamentos são mais eficientes a ¾ da sua capacidade.